segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não.



Tire suas mãos.
Não me toque.

domingo, 22 de novembro de 2009

Assimilação





Eros/agápē/philos sofia

Penso, logo existo. Em partes, verdadeiro.
Pensar é existir. Mas existir não é só pensar.
Sentir é existir. Duas partes do mesmo conceito.

Penso e sinto, logo existo.
Mas estou pensando ao chegar a essa conclusão.
Não, não. Não devo suspeitar.
Também sinto. Pensar e sentir.

Existir.

Vinicultor que tem voz agradável da água escura ou preta.

sábado, 5 de setembro de 2009

O Presente.


O mundo é vivo. Existe nele uma vida muito maior que a nossa, uma vida que pode nos engolir. Nos puxa, nos obriga, nos exige. Por mais que seja rei ou plebeu, será obrigado, mesmo que de forma diferente, mas de qualquer forma, será exigido.

Existe um mundo vivo lá fora que não é ninguém e ao mesmo tempo é todo mundo. Alguns desafiam a enfrentá-lo e, quando vitoriosos, o mundo se mostra com outra ferramenta astuta. Ele se transforma, mas continua ali, imperioso. Outros simplesmente o seguem conformados com a existência das coisas como são e, as coisas que acham absurdas, simplesmente rezam ou então esperam que não aconteçam ao seu redor.

Costumo me perguntar, então. Se este homem, de repente, abandona sua vida? O que este mundo pode fazer a seu respeito? Nada, absolutamente. De toda forma, mal sabe o homem a autonomia e a liberdade que se pode ter que pode ser livre, que pode simplesmente dizer "eu tenho a vida ao mesmo tempo em que ela me tem", afinal, colocá-las em conflito é tempestuoso.

Assim seguem com suas ilusões, ou o que eu às vezes gosto de pensar como sendo pequenas verdades. São sentimentos que tocam as suas vidas, como paixões e romances, são momentos em que essas pessoas realmente são donas de si, simplesmente porque se admitem como alguém, como um alguém importante em suas vidas. Ainda sim o mundo aparece, ora privando, ora contribuindo, como uma amante geniosa que faz planos para seduzir e possuir por completo o seu amado, e assim, caem presos denovo seus homens.

Uma mente louca, porem não totalmente insana, poderia dizer que ela é Deus, pois começa a perceber que ela quem constrói este mundo. Sim, somos deuses, os deuses percebem que não falo deles, energias, mas falo da nossa capacidade de abraçar a vida. Não são todas as almas que passaram pelos meus olhos as quais eu vejo um parto, um abraço à vida, a capacidade de enxergar-se como Deus.

Compartilhar coragem, da força ou talvez da paixão pela vida, de fazer transformar, de acreditar em sonhos, de realizar. Saber que não é este mundo que não é justo, mas as pessoas não são justas. Entretanto a que pessoa culpar? É, não existe um culpado, mas nós existimos.

Que deseje então a tranqüilidade, que é a percepção de como podemos estar bem e como podemos transformar, com trabalho, dedicação e concentração. Deseje a sabedoria, é o carinho que se tem com o mundo, de poder perceber que o mundo mesmo nos ensina a vida, extremamente complexa, em seus ciclos mais simples. Deseje a liberdade, essa não cabe definir, apenas estenda os braços...

sábado, 22 de agosto de 2009

Ascender à própria luz


cada coisa, cada coisa

Parece até que me deixei em pedaços
só para ser misterioso como peças separadas de um quebra cabeças
E eu tento me montar
Na vontade de me ver completo
Mas mesmo montado, me falta algo
Então me despedaço
Para remontar na esperança, de nesse mesmo e repetido movimento, encontrar a peça que me falta.

domingo, 26 de abril de 2009

Silencio, resposta.





Em instantes que se fazem com pedacos de tempo sem sentido.
Onde responder nao da espaco ao perguntar.
Quando a efemeridade da vida e quebrada com o silencio da eternidade.
Toque que da lugar ao tocar com as palavras.
Olhos que existem somente para as lembrancas.
Falares da efemiradades quebrados com o silencio da eternidade.
Do tecido se chega a terra, da chuva a semente, da folha o sol.
E o grito da efemeridade da lugar ao silencio da eternidade.

domingo, 1 de março de 2009

Ser Alma em Mortal




"Onde estava borboleta que queria ser bruxa perdida entre os elos da vida esperando que outras pétalas também fossem borboletas, ou ao menos esperando que suas asas fossem pétalas para poder se encontrar em um jardim.
Pobre borboleta que não percebia que as pétalas, loucas para voar, só eram capazes de o realizar depois de falecidas." (Alan)