sábado, 5 de setembro de 2009

O Presente.


O mundo é vivo. Existe nele uma vida muito maior que a nossa, uma vida que pode nos engolir. Nos puxa, nos obriga, nos exige. Por mais que seja rei ou plebeu, será obrigado, mesmo que de forma diferente, mas de qualquer forma, será exigido.

Existe um mundo vivo lá fora que não é ninguém e ao mesmo tempo é todo mundo. Alguns desafiam a enfrentá-lo e, quando vitoriosos, o mundo se mostra com outra ferramenta astuta. Ele se transforma, mas continua ali, imperioso. Outros simplesmente o seguem conformados com a existência das coisas como são e, as coisas que acham absurdas, simplesmente rezam ou então esperam que não aconteçam ao seu redor.

Costumo me perguntar, então. Se este homem, de repente, abandona sua vida? O que este mundo pode fazer a seu respeito? Nada, absolutamente. De toda forma, mal sabe o homem a autonomia e a liberdade que se pode ter que pode ser livre, que pode simplesmente dizer "eu tenho a vida ao mesmo tempo em que ela me tem", afinal, colocá-las em conflito é tempestuoso.

Assim seguem com suas ilusões, ou o que eu às vezes gosto de pensar como sendo pequenas verdades. São sentimentos que tocam as suas vidas, como paixões e romances, são momentos em que essas pessoas realmente são donas de si, simplesmente porque se admitem como alguém, como um alguém importante em suas vidas. Ainda sim o mundo aparece, ora privando, ora contribuindo, como uma amante geniosa que faz planos para seduzir e possuir por completo o seu amado, e assim, caem presos denovo seus homens.

Uma mente louca, porem não totalmente insana, poderia dizer que ela é Deus, pois começa a perceber que ela quem constrói este mundo. Sim, somos deuses, os deuses percebem que não falo deles, energias, mas falo da nossa capacidade de abraçar a vida. Não são todas as almas que passaram pelos meus olhos as quais eu vejo um parto, um abraço à vida, a capacidade de enxergar-se como Deus.

Compartilhar coragem, da força ou talvez da paixão pela vida, de fazer transformar, de acreditar em sonhos, de realizar. Saber que não é este mundo que não é justo, mas as pessoas não são justas. Entretanto a que pessoa culpar? É, não existe um culpado, mas nós existimos.

Que deseje então a tranqüilidade, que é a percepção de como podemos estar bem e como podemos transformar, com trabalho, dedicação e concentração. Deseje a sabedoria, é o carinho que se tem com o mundo, de poder perceber que o mundo mesmo nos ensina a vida, extremamente complexa, em seus ciclos mais simples. Deseje a liberdade, essa não cabe definir, apenas estenda os braços...